Sonho. Ouço uma música ao longe, que não me é estanha. Um som leve e com aroma, cheira a felicidade, envolve, ilumina...
Procuro o aconchego das tuas lembranças. Ao abandono da vida aninho-me quieta ao colo do nosso tempo. O que sinto não se faz em palavras, não se desenha em telas, não toca nas melodias do pensamento fugitivo.
Regresso então à Paz de outros tempos. Daqui de onde estou, consigo enfim avistá-la.
Sonho. O deslumbre de uma dança enluarada que brindou o fim de mais um dia inventado. Uma história. Poderia ser ilusão se o lugar não fosse este, o nosso, o lugar que esconde e acende o caminho refletido. Um mergulho na alma, um trejeito de seda, um carinho que na margem do vento sussurra o instante em que te sonhei ali, a sós, perdida entre a pacífica quietude do mar e a força de todas as lembranças que me fez ficar à tua espera! Esperei, e tu não vieste, afinal... Nunca tínhamos partido...
Algumas pessoas têm cartões, fotografias, bilhetes, pequenos objetos... Eu tenho uma arvore!
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